quinta-feira, 31 de julho de 2008

Empresa chinesa desafia poluição com plástico 100% biodegradável

Chen Xuejun sonha em ter um xampu com o frasco "100% biodegradável", graças a um plástico inventado pela empresa chinesa para a qual trabalha.

"Atualmente somos os únicos que comercializamos o PHBV, um material derivado do amido, transformado em glicose e depois fermentado. Há muitas unidades de pesquisa e desenvolvimento no mundo, mas não outra fábrica", disse Chen, fundador da empresa Tianan Biologic Material de Ningbo, um porto de Zhejiang (leste da China).

Nem uma gota de petróleo entra na composição deste polímero biodegradável do que a Tianan Biologic já tem uma capacidade de produção de 2.000 toneladas anuais.

Ele é feito à base de milho. "Podemos utilizar todos os tipos de amido, mas, na China, o do milho não é muito caro", explicou Liu Hui, diretor de marketing da empresa.

"O resultado é um material muito resistente ao calor e aos dissolventes", acrescentou.

Leia a notícia completa (Fonte: Yahoo! via AmbienteBrasil)

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Sacolas plásticas em baixa


Do Yahoo! (via AmbienteBrasil):

O governo de Los Angeles aprovou, nesta terça-feira (22) a proibição das sacolas de plástico a partir de 2010, uma medida para lutar contra a poluição ambiental, que já entrou em vigor em San Francisco, Califórnia (oeste).

Na segunda cidade dos EUA, ficará proibida a distribuição de sacolas de plástico, a partir de 1º de julho de 2010, nos supermercados e no comércio varejista, segundo o regulamento adotado em sessão plenária pela Câmara Municipal.
Segundo a reportagem, cerca de 180 milhões de sacos plásticos são distribuídos por ano apenas em São Francisco. A Califórnia é um estado americano que se destaca por sua política ambiental, ao contrário do governo federal.

Cada vez mais lugares ao redor do mundo seguem o exemplo e proíbem a entrega gratuita de sacolas plásticas. A China e a Inglaterra também possuem planos para erradicá-las ou para cobrar por sua distribuição.

E no Brasil? Aqui em Uberlândia, uma lei determina a utilização de material oxibiodegradável na produção das sacolas a partir de 2011. Aqui e ali, começam a aparecer eco-bags, as sacolas reaproveitáveis que, além de mais sustentáveis, têm um atrativo comercial: seu uso para publicidade pode ser explorado.

O Projeto Jogo Limpo também não poderia ficar de fora e distribuiu algumas eco-bags na cidade (veja a foto abaixo). Infelizmente, nosso estoque está esgotado. Se você tem interesse em patrocinar a produção de novas unidades, entre em contato conosco!


Aproveite para reler o poema "Um dia sem sacolas!..."

(Créditos da 1ª foto: RK Studio / Kevin Lanthier / Getty Images)

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Greenwashing


Segundo a Wikipédia, Greenwashing é um neologismo que surgiu de duas palavras em inglês: green (verde) + whitewash (encobrir). O assunto ganhou destaque entre os ambientalistas, publicitários e internautas. Há uma definição mais completa para o conceito em um artigo de Thiago Araújo, publicado no AmbienteBrasil:

Greenwashing é um termo em língua inglesa usado quando uma empresa, organização não governamental (ONG), ou mesmo o próprio governo, propaga práticas ambientais positivas e, na verdade, possui atuação contrária aos interesses e bens ambientais. Trata-se do uso de idéias ambientais para construção de uma imagem pública positiva de "amigo do meio ambiente" que, porém, não é condizente com a real gestão, negativa e causadora de degradação ambiental.
Isso não quer dizer que as empresas não podem divulgar o que estão fazendo pelo meio ambiente, mas sim que devem agir de modo transparente. Um produto que consome menos energia ou emite menos gases poluentes não pode ser intitulado como "ecológico" se o seu processo produtivo também não foi adaptado para diminuir as agressões à natureza.

Um estudo da empresa americana TerraChoice Environmental Marketing, citado na revista Business do Bem e também no AmbienteBrasil, apontou os seis pecados cometidos pelo "greenwashing" ao fazer propaganda das qualidades de um produto. Fique de olho na hora das compras:

1 – Malefícios escondidos

2 – Falta de provas (certificações duvidosas, por exemplo)

3 – Promessa vaga (informações chamativas como "100% verde" sem explicações sobre o que realmente significam)

4 – Dois demônios (produtos "ecológicos" mas que naturalmente trazem malefícios, como cigarros orgânicos)

5 – Irrelevância

6 – Mentira (qualidades falsas)

Foto: Stockbyte/Getty Images

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Presidente do Ibama assina licença prévia de Angra 3

Dê sua opinião sobre o assunto participando da nossa enquete (ao lado)

O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Roberto Messias, assinou hoje a licença ambiental prévia da usina nuclear Angra 3, no Rio de Janeiro. Segundo o Ibama, o documento contém 60 exigências que terão de ser cumpridas pela estatal Eletronuclear, responsável pela obra, para a construção ser iniciada.

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse ontem, ao anunciar para hoje a concessão da licença prévia, que as exigências seriam "brutais". Mencionou, entre elas, a solução definitiva do tratamento do lixo nuclear, a criação de um sistema independente de monitoramento dos níveis de radiação, a realização de obras de saneamento básico dos municípios de Angra dos Reis e Paraty e a gestão do Parque Ecológico da Serra da Bocaina.

Leia a notícia completa (Fonte: Agência Estado/Yahoo!)

O Greenpeace condenou o licenciamento, protestando em frente à sede do Ministério do Meio Ambiente em Brasília, explicando em matéria publicada no seu site porque não apóia a construção de mais uma usina nuclear e organizando ações de ciberativismo.
Leia mais aqui.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Pequim inicia rodízio para reduzir poluição para a Olimpíada


Metade dos motoristas de Pequim deixaram seus carros em casa nesta segunda-feira (21) e utilizaram o transporte público. A mudança faz parte das novas restrições impostas pelo governo a fim de reduzir a poluição do ar da cidade para os jogos olímpicos.

A meta é reduzir diariamente, pela metade, a frota urbana de 3,3 milhões de carros. A estimativa do governo é que quatro milhões de pessoas a mais tenham usado o sistema público de transporte nessa segunda.

Os motoristas que forem pegos descumprindo a norma serão multados em U$ 14, valor considerável repressor pelos padrões chineses.

Para atender a demanda, a prefeitura está tentando reduzir os intervalos entre os trens do metrô de três para dois minutos.

A expectativa é que os primeiros efeitos comecem a surgir na atmosfera nas próximas semanas. Além do transito, o governo chinês também ordenou a paralisação de algumas construções e fechamento de fábricas a fim de reduzir o índice de partículas na atmosfera da capital chinesa.

Fonte: Folha Online via Ambiente Brasil
Imagem: Chris Shinn/Getty Images (foto ilustrativa)

terça-feira, 22 de julho de 2008

Novo decreto prevê penas mais rígidas para quem comete crimes ambientais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinará decreto nesta terça-feira para regulamentar a Lei de Crimes Ambientais, instituindo multas mais severas aos infratores. Foi dada atenção especial a pessoas ou empresas que tentarem impedir a fiscalização do poder público. O valor da multa para quem for condenado por esse motivo varia de R$ 500 a 100 mil.

A regra anterior permitia que a multa para quem obstruísse a fiscalização do governo fosse convertida em serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente. Além disso, a punição prevista era específica para quem dificultasse ações do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama) ou da Capitania dos Portos do Comando da Marinha. Agora, a sanção é para quem atrapalhar a fiscalização de qualquer órgão do poder público - como o Ibama e a Polícia Federal, que têm realizado operações regulares em áreas de floresta.

As penalidades anteriores foram fixadas por um decreto baixado em setembro de 1999. O governo decidiu editar um novo decreto para endurecer as sanções e simplificar o sistema de recursos disponível aos autuados.

Fonte: O Globo Online

sábado, 19 de julho de 2008

Carros menos poluentes


O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, anunciou na quarta-feira (16) a adoção de um selo de eficiência para automóveis. A partir de outubro, os carros zero quilômetro terão um selo que indica o nível de emissão de CO2 na atmosfera. "Na medida em que o consumidor começa a ter conhecimento e pressionar para que os veículos poluam menos, as montadoras vão dar respostas mais eficientes", explica Suzana Kahn, secretária de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente.

No cenário mundial, a indústria automobilística está se esforçando para se tornar mais sustentável e competitiva. A fabricante italiana de carros esportivos Ferrari quer reduzir em 40%, em 2012, a emissão de CO2 de seus produtos. Atualmente, trabalha no desenvolvimento de carros híbridos.

"Trabalhamos atualmente no desenvolvimento de um Ferrari que utilizará fontes de energia alternativas e que estará baseado no que fazemos atualmente na Fórmula 1, com nosso sistema de recuperação de energia", assinala Luca Cordero di Montezemolo, presidente da Fiat, proprietária da Ferrari.

Você também pode contribuir para diminuir a poluição, melhorando a qualidade do ar e evitando o aquecimento global:

  • Mantenha seu automóvel regulado. O motor, o catalisador e as velas de ignição merecem especial atenção.
  • Utilize combustíveis alternativos, como o álcool, o biodiesel ou o GNV (Gás Natural Veicular). Este último emite de 10% a 15% menos CO2.
  • Sempre que possível, ofereça carona, ou troque o carro pela bicicleta, pelo transporte coletivo ou por uma boa caminhada.

Fontes: Congresso em foco via Jornal da Mídia, Yahoo! via AmbienteBrasil, Instituto Akatu e Detran/RS.
Foto: Bob Scott/Getty Images

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Grandes desafios no Dia de Proteção às Florestas


Para contribuir com a blogagem coletiva do Faça a sua parte, selecionamos uma notícia a respeito da recente divulgação de dados sobre o desmatamento na Floresta Amazônica. A reportagem mostra que, apesar dos números desanimadores e da necessidade de se realizar um longo e árduo trabalho de mobilização e conscientização, sempre há esperança quando os setores público, privado e cidadão cumprem o seu papel.

Fechar o ano com redução no desmatamento da Floresta Amazônica é tarefa quase impossível, afirma o coordenador da campanha Amazônia, da ONG Greenpeace, Paulo Adario. "Não temos mais como reverter o processo", afirmou, em entrevista à Agência Estado. "Se o desmatamento parasse agora talvez ainda houvesse chance de o índice cair no ano, mas nada indica essa reversão."

Dados de maio do sistema Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), divulgados nesta terça-feira (15) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mostram que 1.096 km² de floresta sofreram corte raso (derrubada) ou degradação (queimadas, por exemplo) no mês, uma área equivalente à cidade do Rio de Janeiro. O dado representa uma diminuição de 2,4% (ou 27 km²) em relação a abril (1.123 km²). Em maio do ano passado, foram derrubados ou devastados 1.222 km² de Amazônia. No mesmo período de 2006, 5.017 km².

Adario atribui o aumento do desmatamento à alta global nos preços das commodities - produtos primários padronizados e negociados internacionalmente. Quanto mais valorizados ficam produtos como soja e carne (que são commodities), mais se expande a área de produção rumo à floresta, acredita o especialista. Para ele, o governo não deu a devida atenção aos alertas dos últimos dados do Deter. "Não é surpresa que o desmatamento volte a crescer. O governo não criou proteção suficiente para a floresta e a fronteira agrícola brasileira se expande cada vez mais rumo à Amazônia."

O pesquisador do Instituto Socioambiental (ISA), Arnaldo Carneiro Filho, também relaciona o aumento do desmatamento com a alta nos preços das commodities, porém acredita que o próprio mercado pode colaborar para reverter a devastação. "Existe uma pressão crescente do mercado e da sociedade civil por produtos de origem correta, sem exploração da floresta." Ele cita um acordo firmado entre o governo e produtores de soja para que não exportem produtos produzidos com devastação da mata. O Ministério do Meio Ambiente pretende estender o acordo às cadeias produtivas de carne e madeira. "Essa é uma das boas medidas para consertar a situação."

Carneiro Filho acredita que o controle das cadeias pode ajudar a reverter o desmatamento pois 75% das áreas desmatadas são de pecuaristas. "Se o governo conseguir otimizar o uso dessas terras, vai diminuir a pressão sobre as florestas primárias da Amazônia." Para ele, "ainda é cedo" para dizer se os dados do Deter indicam melhora ou piora no quadro de desmatamento. "Estamos em uma rota ligeiramente descendente", diz, sem arriscar um palpite de como ficará o índice ao final do ano. "Mas uma coisa é certa, esse (dado de maio) não é um número para se orgulhar."

Fonte: Carolina Freitas/Estadão Online via AmbienteBrasil

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Vídeo: Combate à polução em Pequim

ATUALIZANDO: confira também o artigo exclusivo sobre este assunto! (09/08/08)


Falta apenas um mês para os Jogos Olímpicos de Pequim. Tudo está pronto para sediar o maior evento esportivo do mundo, mas os organizadores estão preocupados com a poluição do ar. Será que isso poderia estragar a festa?



Fonte: AFP / MSN Vídeo

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Bento XVI e o meio ambiente


O papa Bento 16 afirmou neste domingo (13) em sua viagem a Sydney que tratará da questão do meio ambiente durante a Jornada Mundial da Juventude, motivo de sua visita à Austrália.

Bento 16 disse que "não entrará em questões técnicas, porque isso deve ser feito por políticos e especialistas", mas afirmou que tentará "despertar as consciências" sobre o meio ambiente.

O pontífice afirmou que quer dar "os impulsos essenciais" para que as pessoas tenham uma consciência capaz de "responder ao grande desafio de redistribuir a terra e de encontrar uma ética para criar novos estilos de vida que gerem soluções positivas". *

O papa verde

Segundo a revista Newsweek, o papa abraçou o ambientalismo e está usando os ensinamentos da Igreja para persuadir os católicos a cuidar do planeta Terra. Em março, a Igreja anunciou que a poluição ambiental é um pecado social. Bento 16 acredita que um estilo de vida mais sustentável irá ajudar a proteger as comunidades mais pobres do mundo.

Ainda segundo a revista, o Vaticano é o único país que realmente pode reivindicar o fato de ser carbono-neutro: toda a emissão de gases causadores do Efeito Estufa pelo papa é neutralizada por meio do uso de energias renováveis e de créditos de carbono.

Bento 16 não é o primeiro papa que se manifestou sobre o problema da degradação ambiental. Seu antecessor, o papa João Paulo II, uma vez descreveu a preocupação ambiental como uma "questão moral" e pontuou já em 1990 que as pessoas têm "uma séria responsabilidade de preservar a ordem [da Terra] para o bem das futuras gerações".

* Fonte da notícia: Folha Online

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Vídeo: Qual o desafio que esporte e meio ambiente têm em comum?


Matéria veiculada no Bom Dia Brasil, da Rede Globo:

"Além dos próprios limites e dos outros competidores, um adversário parece insuperável nas Olimpíadas de Pequim: a poluição."

Leia a reportagem ou assista ao vídeo:

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Assinado decreto que facilita compra de computador por professores

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou sexta-feira (4) decreto que cria o Programa Computador Portátil para Professores. Pelo programa, professores da rede pública e da rede privada poderão adquirir computadores portáteis em condições facilitadas, com preço à vista de até R$ 1 mil, com frete e seguros incluídos.

O projeto se destina aos cerca de 3,4 milhões de professores do ensino básico até o universitário. Cada educador pode adquirir apenas um computador. O controle será feito pelos Correios, por meio do número do CPF do comprador. As vendas começarão em setembro, pelas capitais. O pagamento poderá ser feito à vista ou parcelado em até dois anos junto aos bancos, que começam agora a se credenciar. As taxas de juros vão variar entre 1,4% e 1,8% ao mês.

Nós, do Projeto Jogo Limpo, que tanto admiramos e apoiamos o trabalho dos professores, ficamos muito felizes com essa notícia. Ainda mais porque a informática e a internet são nossas grandes aliadas para transmitir as mensagens da luta ambiental.

Mais informações aqui.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

G8 concorda em reduzir emissão de gases, mas ambientalistas não ficam satisfeitos


Os líderes do G8, o grupo dos sete países mais industrializados do mundo mais a Rússia, concordaram em reduzir a emissão de gases poluentes ao menos em 50% até 2050, uma medida para combater os efeitos das mudanças climáticas e o aquecimento global, anunciou nesta terça-feira (8) o primeiro-ministro japonês, Yasuo Fukuda.

Fukuda disse que o grupo pediu para alguns países o estabelecimento de metas de médio prazo para diminuir as emissões dos gases CO2 responsáveis pelo aquecimento global até 2020. Segundo Fukuda, o G8 entende que a meta de reduzir pela metade a emissão de gases que causam o efeito estufa é agora "um objetivo para o mundo inteiro".

Esta foi a primeira vez que EUA aceitam uma meta de redução de gases que comprometem a atmosfera e aumenta o risco de efeito estufa. O país não aderiu ao Protocolo de Kyoto, que expira em 2012. Os líderes dos países mais ricos do mundo, que têm posições diferentes sobre a luta contra o aquecimento global, pediram também a "cooperação" dos maiores emissores de CO2 para atingir essa meta.

"Um completo fracasso"

Mas ativistas criticaram a falta de compromisso com as metas intermediárias e disseram que a meta de 2050 é insuficiente, porque muitos cientistas dizem que seria necessário reduzir as emissões a menos de metade dos níveis atuais para evitar catástrofes climáticas.

"Trata-se de um completo fracasso de responsabilidade. Eles não avançaram nada. Esquivaram-se da responsabilidade de adotar metas intermediárias claras, e mesmo a meta de 2050 não é nada além do que conseguimos em Heiligendamm", disse Daniel Mittler, consultor político da ONG Greenpeace Internacional.

"Isso é apenas o resultado de um homem do petróleo impedindo pela última vez o mundo de avançar, e a única boa notícia é que esta será a última cúpula do G8 do (presidente dos EUA, George W.) Bush."

Qual é a sua opinião sobre o assunto?
Comente e vote em nossa enquete!


Fonte: G1 e Estadão Online via Ambiente Brasil
Foto: Yasuhide Fumoto / Getty Images

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Exposição na Inglaterra mostra garrafas que viram flor e vestidos que se dissolvem em água


Uma designer e um cientista britânico inventaram uma garrafa de plástico biodegradável que, uma vez utilizada, pode transformar-se em uma planta de uso culinário, ou em uma flor. Uma das mais importantes cadeias de supermercados britânica pretende comercializar o produto.

São garrafas que podem conter detergente ou outros tipos de produtos de limpeza líquidos, e que têm uma tampa com sementes. A transformação se produz quando, uma vez utilizada, se enche a garrafa de água quente e suas paredes, feitas de um plástico solúvel, se derretem e se transformam em um gel.


As garrafas podem ser vistas em Sheffield, norte da Inglaterra, em uma exposição chamada "Wonderland - The start of something remarkable" (O país das maravilhas - O começo de algo extraordinário).

A mostra fala sobre materiais recicláveis em que a designer - Helen Storey, professora da Faculdade de moda de Londres - e o cientista - Tony Ryan, chefe da Faculdade de Ciências e Matemática de Sheffield - trabalharam com o objetivo de provocar um debate sobre sustentabilidade.

"O objetivo é que pensemos sobre a reciclagem e a sustentabilidade de uma maneira diferente", insiste o cientista antes de lembrar que a população já "está aborrecida com as mensagens verdes tradicionais."


A outra grande atração da exposição são vestidos que desaparecem ao entrar em contato com a água. Feitos a partir de tecidos solúveis, esses vestidos se desintegram lentamente, como se derretessem.

Tony Ryan diz que, nesse caso, se usam os vestidos como uma "metáfora para falar dos resíduos do consumidor", e também para lançar a crítica à própria indústria da moda, em que as "coisas estão durante uma temporada e logo são descartadas."

SAIBA MAIS: visite o site oficial da exposição em inglês.
(Traduções automáticas aqui ou aqui)

Fonte: Estadao.com.br via Ambiente Brasil. Fotos retiradas do site da exposição.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Para ajudar o planeta, biólogo pede 'acordo de paz' entre ciência e religião


Uma fieira um tanto repetitiva de obras recentes andou reeditando o velho conflito entre ciência e religião. "A Criação - Como salvar a vida na Terra", de Edward O. Wilson, que acaba de chegar ao Brasil, é uma lufada de ar fresco justamente por se contrapor a essa tendência. A ciência e a fé precisam urgentemente de uma trégua, diz ele -- e o preço do fracasso nessas negociações de paz pode ser a própria vida na Terra.

Dependendo de como se vê a questão, o veterano Wilson pode ser a pior ou a melhor pessoa para negociar esse armistício. O pesquisador da Universidade Harvard, um dos maiores especialistas do mundo em biodiversidade, cresceu no sul dos Estados Unidos e foi membro da Igreja Batista, uma das mais fervorosas denominações evangélicas do mundo. Mais tarde, porém, deixou a religião de lado.

Wilson estrutura seu longo apelo na forma de uma carta, endereçada a um pastor protestante do sul dos EUA e, portanto, conterrâneo cultural do próprio biólogo. Os argumentos para proteger a Criação divina não são, em si mesmos, originais: Wilson enfatiza a riqueza da biodiversidade como fonte dos medicamentos e alimentos do futuro, e como alicerce da sobrevivência humana: sem os demais seres vivos, serviços essenciais, como ar e água puros, fertilidade do solo e regularidade do clima desapareceriam, e nenhum sistema feito por mãos humanas poderia substituir o que a biodiversidade faz hoje de graça.

O que há de novo nesse apelo é a tocante humildade para cruzar barreiras, para estender a mão ao outro. Wilson tem a coragem de dizer que não se importa se seu interlocutor fundamentalista não acredita na evolução e acha que a Terra tem só 6.000 anos de idade. As visões diferentes sobre a natureza do Universo encolhem em importância quando o que se coloca na mesa são valores: a sacralidade do mundo vivo, a beleza da biosfera.

A mensagem, portanto, é clara: podemos concordar em discordar e, mesmo assim, agir lado a lado para evitar o pior para nós mesmos e para nosso planeta. Wilson pode não acreditar mais no Deus que criou os céus e a terra, mas qualquer pessoa religiosa é capaz de balançar a cabeça em aprovação ao ouvir sua defesa da Criação:

"Nenhuma palavra, nenhuma obra de arte, é capaz de capturar toda a profundidade e complexidade do mundo vivo. Se um milagre é um fenômeno que não conseguimos entender, então toda espécie é, de certa forma, um milagre."

Leia a notícia completa (Fonte: Globo Online via Ambiente Brasil).
Ilustração retirada do blog do Daniel Piza.

terça-feira, 1 de julho de 2008

O Mercosul e os biocombustíveis


Em plena crise alimentícia mundial e em meio ao aumento desenfreado dos preços do petróleo, os países do Mercosul enfrentam o desafio de aproveitar seu potencial para produzir energias alternativas como os biocombustíveis. O Brasil lidera a produção e é o único país do mundo a fazer uso generalizado de combustíveis de origem vegetal em sua frota automobilística.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou uma campanha diplomática e comercial para transformar o etanol da cana-de-açúcar no combustível do futuro, ao tempo que rechaçou com dureza as acusações de que a produção em massa de biocombustíveis agrava a crise mundial de alimentos.

Para Lula, as críticas ao etanol fazem parte de uma guerra comercial de empresas petrolíferas que podem ter seus interesses afetados, e enfatizou que "o Brasil está disposto a vencer".

Enquanto isso, a Argentina também aumenta a produção de biodiesel para consolidar uma participação que, segundo analistas, poderia chegar a 6% do mercado mundial em pouco tempo. Apenas nos quatro primeiros meses do ano, a Argentina exportou 176 mil toneladas de biodiesel, mais do que durante todo o ano de 2007.

No entanto, nem todos os países do Mercosul têm a mesma opinião sobre os biocombustíveis.

A Venezuela, assentada em um mar de petróleo, rejeita a produção de biocombustíveis, pois segundo o presidente do país, Hugo Chávez, equivaleria a "alimentar automóveis e não a humanidade", mas apóia a iniciativa brasileira de utilizar o etanol como aditivo à gasolina e não como substitutivo.

Para aqueles que, como Chávez, estão reticentes, a resposta de Lula é clara: "nenhum ser humano, nenhum Governo deixará de plantar alimentos que enchem seu estômago para poder encher o tanque de um carro. Seria até insano um comportamento desses", disse recentemente.

Fonte: Agência Efe / Yahoo! Notícias.