quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Aquecimento global é culpado pela tragédia em Santa Catarina


Área alagada em Navegantes, SC. (Foto: Luciana Rossetto/G1)

Da UnB Agência:

[Desde o dia 22,] Santa Catarina sofre (...) com chuvas intensas. A água já matou mais de 79 pessoas e desalojou outras 54 mil. Em palestra no auditório da reitoria, o climatologista Carlos Nobre avaliou que a explicação para o estado de calamidade da região está no aquecimento global. “Isso é uma demonstração do que as mudanças climáticas são capazes, mesmo num estado como Santa Catarina com o melhor sistema de Defesa Civil do Brasil”, disse o especialista do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Convidado do Seminário Franco-Brasileiro de Mudanças Climáticas, Nobre considera inegável que o homem esteja influenciando as variações de temperatura do planeta, e de “uma forma sem precedentes na nossa história”. Mais do que influir na amplitude das mudanças climáticas, o climatologista considera que o homem aumenta a velocidade do aquecimento pelo qual o mundo passa, e numa ordem de 50 a 100 vezes.

Nesse cenário catastrófico, o Brasil pode desempenhar um papel muito importante, apesar de estar numa posição vulnerável, de acordo com o especialista. “O Brasil ainda é um país em desenvolvimento e tem 50% de sua população abaixo da linha da pobreza, mas a redução de emissões no país não afetaria diretamente a sua economia”, disse.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Na Semana do Empreendedorismo, um exemplo de como o verde está na moda


Da revista Marie Claire:

Quem vê Juliana Páffaro, proprietária e estilista da marca infantil Pistache & Banana, não diz que ela é uma business woman. (...) [Ao estudar criação de moda na Inglaterra,] Juliana encontrou gente do mundo todo e entrou em contato com a filosofia do comércio justo e sustentável. Adorou a idéia e percebeu que roupas infantis feitas com matéria-prima orgânica eram bem recebidas pelos consumidores. De volta ao Brasil, abriu sua própria marca. Procurou fornecedores que produzissem algodão orgânico e só encontrou um, em Guaricê, no Paraná. (...)

No comércio justo e sustentável todos ganham. Os lucros são divididos por todos que participam da produção. O consumidor recebe um produto sem cargas de sacrifício humano ou ambiental. Os custos, no entanto, são elevados. Por isso, Juliana buscou parcerias. (...)

Este mês, a empresária inaugura sua primeira loja, na Vila Madalena, em São Paulo. (...) Juliana investiu R$ 180 mil no novo endereço, que traduz com perfeição o conceito ecológico da marca. As paredes são pintadas com pigmentação natural, a água da chuva armazenada para regar os jardins, os ladrilhos e as madeiras são de demolição. 'A loja nasceu da necessidade de passar a mensagem da marca para o público. O conceito da Pistache & Banana ficava perdido em multimarcas', diz Juliana.

E ela adianta que não irá abrir mão dos seus princípios: 'Não existe promoção ou liquidação na Pistache & Banana. Não trabalho com coleções porque, naquilo que acredito, um produto não pode ser perecível. E, ao mesmo tempo, não posso desrespeitar o consumidor que comprou a minha roupa em um dia, abaixando o preço em outro'. E as peças que não saem? A opção é a reciclagem. 'Normalmente acrescento algum detalhe ou reaproveito o tecido em uma nova criação', afirma Juliana.
Foto ilustrativa por: colcerex/stock.xchng

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Mesmo em crise, Obama garante que EUA lutarão contra as mudanças climáticas


Do G1:

O presidente eleito dos EUA, Barack Obama, disse nesta terça-feira (18) que o país vai "empenhar-se vigorosamente" nas discussões sobre mudança climática quando ele assumir e prometeu que, apesar da crise financeira, o país vai se ater aos planos para reduzir profundamente as emissões de gases de efeito estufa até 2020.

O democrata, que durante a campanha criticou constantemente a administração de George W. Bush por sua postura em relação ao aquecimento global, reiterou seus planos de criar um sistema que limite a emissão de dióximo de carbono pelas grande indústrias. (...)

"Prometo isto: quando for presidente, qualquer governador que quiser promover energias limpas terá um aliado na Casa Branca. Qualquer empresa que desejar investir em energias limpas terá um aliado em Washington. E qualquer país que desejar se unir à causa contra a mudança climática terá um aliado nos EUA", disse. (...)

Quando eu assumir, vocês podem estar certos de que os EUA vão se engajar vigorosamente de novo nas negociações e vão ajudar a liderar o mundo em direção a uma nova era de cooperação global na questão na mudança climática", disse.
Notinha: alcançamos a marca de 200 posts! Obrigado, visitantes!

sábado, 15 de novembro de 2008

Leitura: uma competição saudável


Acima: atividade de leitura realizada pelo Projeto Jogo Limpo.

Ler é um excelente exercício: educa, diverte e permite ao leitor vivenciar as mais diversas situações. Seja nas salas de aula, nas bibliotecas ou meio esquecidos nas prateleiras das casas, os livros podem, a qualquer momento, fazer uma criança ou um adulto (re)descobrir esse prazer.

A leitura pode provocar até uma divertida "disputa", para se descobrir quem lê mais. Duas meninas, uma em São Paulo e outra em Sergipe, contam sobre as marcas que alcançaram em número de livros lidos e sobre como isso mudou suas vidas e a de seus colegas. Leia trechos da reportagem do G1:

A estudante Tainá Alves dos Santos, 12 anos, da 6ª série, já leu 230 livros só neste ano. A marca foi registrada em sua escola, na cidade de Catanduva, interior de São Paulo. E outra garota de Aracaju, Alice Vitória Rocha Silva, segue seus passos: aos 6 anos a pequena leitora devorou 67 obras contabilizadas pelos pais. (...)

A adolescente estuda na escola estadual Jardim Imperial e a diretora da instituição, Veranice Aparecida More Zuri, afirma que o colégio sempre teve a preocupação de estimular a leitura. Recentemente, adotou um projeto chamado de Centopéia, para estimular os estudantes a se tornarem leitores.

O funcionamento é bem simples: “A cada leitura, os estudantes fazem uma resenha e entregam para o professor. Na aula de educação artística, eles ganharam uma cartolina com a cabeça de uma centopéia. Depois de uma obra lida, o jovem acrescenta uma bolinha no corpo da centopéia”, explica. (...)

Ler tanto assim ajuda na escola? “Para a redação eu tenho muito mais idéia”, afirma a estudante. Até mesmo entre os colegas, diz a diretora, há uma competição saudável para ver o corpo da centopéia crescer. (...)

Estimulada pelos pais, Alice Vitória lê tudo o que chega às suas mãos. No 2º ano do ensino fundamental (antiga 1ª série) de um colégio particular no Sergipe, a menina virou referência para os colegas, segundo conta a sua mãe, a professora Isabel Rocha Souza.

“Desde o momento que nasceu, conto historinhas. E o primeiro brinquedo dela foi um livro, daqueles de plástico”, diz Isabel. “Na escola, ela é atração. A turminha não sabia ler com a desenvoltura que ela lê. Então, os amigos gostavam de observá-la”, conta. “Ela reconhece parágrafo e todas as estruturas.”

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Energia solar terminando em pizza?


Qual é a receita para construir um painel solar de baixo custo? Pegue criatividade, ciência e uma dose de sorte. Junte com produtos similares a acetona e esmalte. Passe tudo por uma impressora. Leve a um forno de pizza e asse a 300 graus Celsius. Sirva para dois bilhões de pessoas que não têm condições, hoje, de utilizar a energia do sol.

Foi essa a fórmula que a jovem cientista australiana Nicole Kuepper descobriu para produzir células fotovoltaicas mais simples e baratas do que as tradicionais, mas com a mesma eficiência. Uma vez disponível no mercado (o que pode ocorrer em três anos), o processo pode popularizar energia mais limpa nas regiões sem acesso a eletricidade. Segundo Kuepper, a descoberta foi feita quase que por acaso.

Veja um vídeo com mais informações sobre a cientista e sua criação (em inglês):



Com informações do G1 via AmbienteBrasil. Foto: TreeHugger.

sábado, 8 de novembro de 2008

Um presidente mais verde


A eleição do novo presidente norte-americano, Barack Obama, pode representar um avanço para a luta contra as mudanças climáticas. O governo de George W. Bush ficou marcado pelas críticas devido à falta de compromisso com as questões ambientais, colocadas em segundo plano porque, supostamente, prejudicariam a economia.

A respeito da posição dos EUA em futuros acordos que substituirão o Protocolo de Kyoto (que expira em 2012), a Comissão Européia (órgão da União Européia) e a ONU afirmaram que estão esperançosas. A notícia é do Estadão Online via AmbienteBrasil:

A enviada especial da ONU para a Mudança Climática, Gro Harlem Brundtland*, destacou a importância de que Obama inclua o problema ambiental entre suas três prioridades políticas, junto aos conflitos de Iraque e Afeganistão e da crise financeira.

Para ela, não se deve perder a esperança porque "há mais motivos que havia há algumas semanas para ser otimista". (...)

[A ex-primeira-ministra da Irlanda Mary] Robinson destacou o fato de que Obama é próximo ao ex-candidato à Casa Branca Al Gore e recebe assessoria de uma equipe que "entende a urgência de atuar".
*Você sabia?
Gro Harlem Brundtland chefiou nos anos 80 a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, que redigiu o Relatório Brundtland (também conhecido como "Nosso Futuro Comum") e definiu o conceito atual de sustentabilidade: “aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas necessidades”.

PS: por motivos de força maior, não foi possível atualizar o Blog na última semana. Pedimos desculpas aos visitantes. Aproveitamos para pedir a sua colaboração: envie sugestões de tema para os próximos posts!

sábado, 1 de novembro de 2008

Construção sustentável


Na hora de construir, é bom ficar de olho nos materiais utilizados na obra para diminuir o impacto sobre o meio ambiente. Não só o consumidor em geral está se tornando mais atento, como as indústrias também se mobilizam para lançar alternativas mais ecológicas. Algumas dicas muito interessantes, como por exemplo soluções para substituir o carpete e o PVC por produtos mais sustentáveis, estão em uma reportagem da Folha Online via AmbienteBrasil:

O princípio na escolha deve considerar o ciclo de vida do produto, desde o modo e o local de produção até o transporte para o ponto de uso. Entram na equação a capacidade de reaproveitamento do material e a deposição de seus resíduos ao fim da vida útil.

Trocando em miúdos, produtos ecologicamente corretos estão mais próximos do seu estado natural, usam menos componentes químicos e têm grande potencial de transformação.

"Materiais de baixo impacto ambiental são fundamentalmente os produzidos na própria região e que não são tóxicos", aponta o professor Miguel Sattler, da UFRGS. Da fundação ao revestimento, há opções menos agressivas ao ambiente.
Outro texto no mesmo site, da Agência Fapesp, destaca uma inovação desenvolvida na Amazônia: tijolos produzidos a partir de resíduos de espécies frutíferas nativas (castanha-do-brasil e tucumã). Como a matéria-prima é vegetal, pode ser reciclada. E o produto provou ser um ótimo isolante térmico.

“Os resultados dos testes em laboratório foram bastante satisfatórios. As matérias-primas utilizadas na sua confecção são de alta durabilidade, conferindo resistência mecânica semelhante à dos tijolos convencionais”, afirmou [Jadir Rocha, idealizador do produto]. (...)

“O desenvolvimento do tijolo foi motivado pela necessidade de pesquisas voltadas para o aproveitamento e a valorização da potencialidade da biodiversidade vegetal da Amazônia. É importante diminuir a pressão sobre os estoques de espécies arbóreas economicamente desejáveis, que vêm sendo reduzidas drasticamente na natureza”, ressaltou.
Foto: Marcelo Terraza/stock.xchng