segunda-feira, 29 de junho de 2009

Consumismo está fora de moda


Do Planeta Sustentável:

Ser fashionista está por fora. Desde que a economia americana entrou em crise, afetando muitas outras economias do mundo, bacana é ser recessionista. A palavra define as pessoas que praticam consumo consciente, inteligente e de bom gusto – enfim, gente com talento para garimpar achados. Uma recessionista detesta exibir a marca das roupas que usa. Pelo contrário, orgulha-se de suas pechinchas e adora promoções (para fazê-la feliz, convide-a para um bazar de ponta de estoque, a liquidação da liquidação!). Ser recessionista é consumir pouco. Ou, antes de tudo, nem consumir, porque vale muito mais a pena reciclar (ou cuidar bem do que se tem).

Os americanos, justo eles, os reis do consumo, ajudaram a propagar o termo. Fizeram do blog The Recessionista um sucesso. O endereço foi criado por uma executiva de marketing da IBM para compartilhar suas boas compras. O mercado tratou de se adaptar à nova onda, nos Estados Unidos e em toda parte, lançando produtos e propagandas adequados aos tempos de não-consumo. A marca de cosméticos francesa Bourjois, por exemplo, apresentou a “coleção recessionista”, com batons, máscaras e blushes baratinhos. O jornal ingles The Sunday Times publicou artigo com cinquenta frases interpretadas a partir da lógica dessa nova raça de consumidores. “Redecorar o quarto” equivale a “reorganizar a prateleira de livros”. E “adquirir um novo cachecol”, a “aprender a fazer tricô”.
Foto: lusi/stock.xchng

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Sacolas plásticas continuam em baixa


(Atualizado em 28 de junho de 2009)

Ministério do Meio Ambiente e Wal-Mart lançam campanha pela redução do uso do saco plástico

Do Alagoas em Tempo Real:

Para enfrentar o impacto ambiental do consumo exagerado de sacolas plásticas no País, o Ministério do Meio Ambiente, em parceria com o Wal-Mart, lançou no dia 23 a campanha nacional “Saco é um Saco”, de conscientização do consumidor. O anúncio aconteceu durante o “Pacto pela Sustentabilidade Wal-Mart Brasil”, evento promovido pela varejista, no Hotel Hyatt, em São Paulo, com a presença do Ministro Carlos Minc.

Acompanhe o blog da campanha

Veja vídeo da campanha no fim do post


A idéia da campanha, que será veiculada em TVs, revistas e jornais do país a partir desta semana, é alertar a população sobre a importância de se reduzir o consumo de sacolas plásticas, utilizando alternativas para o transporte das compras e acondicionamento de lixo, e recusando sacos e sacolinhas sempre que possível. (...)

Dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) dão conta de que o Brasil consome 12 bilhões de sacolas plásticas por ano e que cada brasileiro utiliza cerca de 66 sacos plásticos por mês. Maior que isso, só o estrago que causam ao meio ambiente.

E o Carrefour também está fazendo a sua parte...

Do Portal da Propaganda:
Após um ano do lançamento nacional da Sacola Reutilizável Carrefour, em 05 de junho de 2008, Dia Mundial do Meio Ambiente, a rede comemora os excelentes resultados da ação, que tem como objetivo incentivar o consumo responsável das sacolas plásticas em suas lojas. Em apenas um ano foram comercializadas 400 mil unidades da versão sustentável, em suas 154 unidades, incluindo Hipermercados Carrefour e Carrefour Bairro.

Sacolas, agora, só de material reutilizável

Do O Globo:
O projeto de lei do governo que prevê que as sacolas plásticas distribuídas pelo comércio sejam substituídas por bolsas feitas de materiais reutilizáveis foi aprovado nesta quarta-feira pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). O projeto, enviado à Alerj em 2007, demorou quase dois anos para ser votado devido a pressões de vários grupos econômicos. Agora, ele irá para a sanção do governador Sérgio Cabral.

Vídeo da campanha "Saco é um saco", com José Júnior, coordenador executivo do AfroReggae



+ sobre sacolas plásticas no Blog do Jogo Limpo:
Sacolas plásticas em baixa
Um dia sem sacolas!...

Veja também:
Por que utilizar sacolas retornáveis? - post no blog Faça a sua parte

segunda-feira, 22 de junho de 2009

As lições da MP da Grilagem


O sábado trouxe uma boa notícia para a floresta amazônica. Uma reportagem do Jornal Cruzeiro do Sul afirma que o presidente Lula, segundo seu auxiliar, vetaria dois artigos da Medida Provisória 458, que legaliza a ocupação de áreas públicas na Amazônia Legal. A medida foi apelidada de MP da Grilagem por facilitar a ação de posseiros ilegais e a sua impunidade.

Depois de muitos dias de tensão entre ambientalistas e ruralistas, o comentário de uma especialista em direito ambiental foi colocado no momento ideal. Para ela, a solução passa por um acordo conjunto entre os dois lados, onde cada um abandone opiniões radicais e procure embasamento científico.

Não se trata, claro, de abrir mão da preservação. O fato é a necessidade de conciliar problemas sociais e ambientais, garantindo tanto que a floresta fique em pé quanto que os habitantes da região encontrem formas legítimas de sobreviver. E sabendo distinguir aqueles que têm segundas intenções e se aproveitam de uma reivindicação válida para obter vantagens.

Confira mais informações sobre o assunto na reportagem de Luana Lourenço/Agência Brasil via AmbienteBrasil.

Link: Ambientalistas e ruralistas podem chegar a meio termo, diz especialista em direito ambiental


Foto: andredeak/Flickr

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Corra que o clima vem aí


Da Agência Fapesp via AmbienteBrasil:

O cenário é dramático. Na metade do atual século milhões de pessoas poderão estar fugindo de mares que se elevam, de secas ou enchentes devastadoras e de outros desastres naturais, em busca de locais mais seguros onde possam sobreviver.

Seria o maior processo migratório na história. O culpado? As mudanças climáticas globais. O mais preocupante é que tal panorama não está em um livro ou filme apocalíptico, mas sim em um documento produzido por cientistas ligados à Organização das Nações Unidas e à Universidade de Colúmbia, nos Estados Unidos, entre outras instituições.

Divulgado no dia 10, em conferência em Bonn, na Alemanha, o relatório In search of shelter – Mapping the effects of climate change on human migration and displacement, disponível na internet, destaca que o processo migratório já começou. [Baixe aqui o documento (em inglês)]

Os autores do estudo ressaltam que é difícil separar os efeitos do clima de outros fatores que estimulam o deslocamento populacional, como conflitos políticos, crises econômicas, crescimento populacional, destruição de ecossistemas e esgotamento de áreas cultiváveis.

Entretanto, segundo eles, as mudanças climáticas eventualmente terão um papel dominante ao ampliar todos os demais fatores. O relatório estima que o total de pessoas envolvidas nas migrações estimuladas pelas mudanças climáticas poderá pular de 50 milhões em 2010 para cerca de 700 milhões em 2050.
Leia também: À beira da III Guerra Mundial?

Foto: Carlos Varela/WWF

terça-feira, 16 de junho de 2009

Embalagem pra quê?


Na hora das compras, pensar no impacto das embalagens é tão importante quanto a preocupação com os produtos em si. O blog Embalagem Sustentável mostrou o exemplo de uma loja britânica que parece ter feito uma saudável viagem ao tempo das vendas a granel: a Unpackaged, onde os alimentos são comercializados sem embalagem.

Os produtos são orgânicos, produzidos localmente e de preferência por cooperativas e redes sociais. Os clientes são responsáveis por levar suas próprias sacolas e potes, ou levar uma embalagem emprestada, desde que tenha o compromisso de devolvê-la. Na vitrine, ficam acondicionados nas caixas de madeira e recipientes retornáveis enviados pelos fornecedores. Até os panfletos de inauguração da loja foram confeccionados em papel reutilizado.

Link: Unpackaged – Loja sem embalagem

quarta-feira, 10 de junho de 2009

MP 458: justiça social ou privatização da Amazônia?


Futuro da floresta está nas mãos de Lula

Do Greenpeace:

Após uma longa e acirrada disputa de mais de cinco horas, a bancada ruralista do Senado conseguiu impor ao país, por uma apertada maioria de 23 votos a favor a 21 contra e uma abstenção, a Medida Provisória 458, a MP da Grilagem. A MP apresentada pela presidência da República com a justificativa de legalizar terras ocupadas na Amazônia Legal havia sido aprovada na Câmara dos Deputados com a inclusão de emendas que beneficiam grileiros de terras públicas e empresas. A medida possibilita que 80% das terras públicas apropriadas irregularmente, o equivalente a 67 milhões de hectares, sejam privatizadas.
Leia mobilização da Avaaz contra a Medida Provisória
Conheça a Medida Provisória na Íntegra


Marina Silva alerta para legalização de terras griladas

Do Senado Federal:
A senadora Marina Silva (PT-AC) manifestou-se contra a aprovação da Medida Provisória na forma em que veio da Câmara dos Deputados. Para ela, o maior problema da MP é que abre brechas para que "aqueles que cometeram o crime de apropriação de terras públicas sejam anistiados e confundidos com posseiros de boa fé". Só para estes últimos deveriam ser aplicadas as salvaguardas previstas na Constituição, no entender da senadora.

Embora os defensores desses dispositivos defendam que a MP não vai legalizar a grilagem de terras, mas apenas os posseiros legais, a senadora disse se amparar na palavra de especialistas no assunto para reforçar sua opinião contrária a esse ponto de vista.

Ela mencionou o procurador federal no Estado do Pará Felício Pontes, para quem a "a MP 458 vai legitimar a grilagem de terras na Amazônia e vai jogar por terra 15 anos de intenso trabalho do Ministério Público Federal no Pará".
Lula deve vetar apenas um artigo da MP da Amazônia

Do Estadão Online via AmbienteBrasil:
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tende a ignorar os apelos do PT, dos tucanos e dos ambientalistas para que vete artigos tidos como nocivos ao meio ambiente da medida provisória (MP) que permite a regularização de posses de até 1,5 mil hectares na Amazônia. De acordo com informações do Palácio do Planalto, a maior probabilidade é de veto apenas ao artigo que permite a regularização das terras ocupadas por empresas.
Imagem: Correio do Nordeste

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Dia do Meio Ambiente: caminhos da luta


Hoje é Dia Mundial do Meio Ambiente. Uma oportunidade para refletirmos sobre a nossa atitude no planeta. Para ajudar nessa reflexão, vamos falar um pouco sobre a história do movimento ambiental e contar curiosidades sobre suas conquistas e desafios.

Em primeiro lugar, vale lembrar que meio ambiente não se refere apenas às florestas, rios e mares. O conceito é muito mais amplo, englobando também as cidades e todos os locais onde o ser humano mora.

A importância da ecologia na vida humana não é uma descoberta recente. Cientistas, escritores e filósofos falam sobre isso há muitos séculos. Já dizia Aristóteles: é a natureza que faz sempre as coisas mais belas. Mas durante muito tempo, em nome do progresso, o homem não tomou o devido cuidado para preservar os recursos naturais, principalmente depois da Revolução Industrial.

Nas últimas décadas do século XX, a ciência e a tecnologia deram um salto histórico, aumentando a produção nas indústrias e no campo. Também aceleraram a urbanização, levando mais da metade da população mundial a viver nas cidades e provocando um desequilíbrio natural. Com o objetivo de combater essa situação, surgiram os primeiros movimentos organizados a favor da preservação da natureza.

Em 1968, o Clube de Roma, formado por líderes políticos e intelectuais, elaborou o conceito de “produzir sem poluir”. Quatro anos depois, a Assembleia Geral da ONU criou o Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado no dia 5 de junho, marcando a abertura da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano. Nesse evento, foi escrita a Declaração de Estocolmo, mostrando para a comunidade internacional, pela primeira vez, a necessidade de levar em conta as questões ecológicas quando se fala em crescimento da economia.

Em 1987, foi criado o Relatório Brundtland ou “Nosso Futuro Comum”. Nesse documento foi definido o conceito de sustentabilidade, ou seja: “aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem a suas próprias necessidades”.

Em 1992, aconteceu a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, mais conhecida como Eco-92. 187 países participaram do encontro, analisando e debatendo o que estava sendo feito contra a destruição da natureza. A conferência deu origem a Agenda 21. Esse documento incentiva governos e pessoas a traçarem, em suas comunidades, ações pelo desenvolvimento social, econômico e, ao mesmo tempo, ambiental.

Em 2000, foi elaborada a Carta da Terra, conjunto de princípios que visam à construção de uma sociedade mais justa e sustentável. Hoje, estamos entrando na era do pós-ambientalismo. As estratégias mais usadas pelos ambientalistas no passado ao sensibilizar as pessoas estão mudando. Em vez de imagens chocantes, novos hábitos e ideias para tornar o dia a dia mais prático e sustentável.

No Brasil, o movimento verde se tornou mais forte a partir dos anos 1980, com a criação do Ministério do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, do Partido Verde e da ONG SOS Mata Atlântica. Nessa época, também foi realizado o Abraço à Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, inspirando outras manifestações semelhantes a favor do patrimônio ambiental. Em 1988, foi aprovada uma nova Constituição, garantindo o direito ao ambiente equilibrado e o dever de defendê-lo e preservá-lo.

Mesmo com todos esses acontecimentos ao redor do mundo, iniciativas regionais são fundamentais para o sucesso da luta pela conservação. Em outras palavras, é preciso “pensar globalmente e agir localmente”.

O caminho até aqui foi longo. O futuro agora depende de cada um. Pequena ou grandiosa, toda ajuda tem a sua importância. É como disse Madre Teresa de Calcutá: “sei que o meu trabalho é uma gota no oceano, mas sem ele, o oceano seria menor”. Contamos com o seu apoio. Hoje e todos os dias.

Foto: alainap/stock.xchng

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Brasil: mau exemplo e bom exemplo


Lula afirma que vai acabar com "algazarra" na área ambiental

Da Folha Online via AmbienteBrasil:

O presidente Lula falou na terça-feira (2) em "problema de divergências" ao se referir aos recentes embates entre a área ambiental do governo e os ministros que defendem flexibilizações e ajustes na legislação para o avanço da agricultura e de estradas, por exemplo. (...)

Quando questionado sobre o tema, o presidente fez uma comparação com famílias com muitos filhos. "Toda a vez que o pai sai de casa, a meninada faz algazarra mais do que deveria."

Sem citá-lo, Lula repreendeu o ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) que, após conversa com ele na semana passada, reclamou publicamente de alguns ministros e disse que os avanços de obras infraestrutura não ocorrem no mesmo ritmo da preservação ambiental.
Investimentos em energia limpa superam combustíveis fósseis

Do Estadão Online via AmbienteBrasil:

Em 2008, pela primeira vez na história, os investimentos em energias limpas superaram os feitos em fontes de combustíveis fósseis e chegaram a US$ 155 bilhões, revelou o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).

O valor de 2008 representa quatro vezes os investimentos feitos em energias limpas em 2004, apesar da extrema dificuldade pelas quais os mercados financeiros passaram no ano passado pela crise econômica global, segundo o relatório Tendências Globais de Investimentos em Energia Sustentável.

Achim Steiner, vice-secretário-geral da ONU e diretor-executivo do Pnuma, reconheceu que "a crise econômica afetou os investimentos em energia limpa quando se vê em comparação com o crescimento recorde dos últimos anos". (...)

O titular do Pnuma disse que países como Brasil, Chile, Peru e Filipinas estão trabalhando para desenvolver políticas e leis para fomentar a energia limpa.
Foto: woodsy/stock.xchng

terça-feira, 2 de junho de 2009

ONU faz campanha por sete bilhões de árvores


Do Planeta Sustentável:

Quando, em novembro de 2006, o PNUMA – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente lançou uma campanha que pretendia estimular a população mundial a plantar um bilhão de árvores em 2007, muita gente duvidou que a proposta teria êxito. A meta, no entanto, não só foi cumprida, como, também, duplicada: até a metade de 2008, o Programa da ONU contabilizou 2 bilhões de mudas plantadas em prol da campanha.

Entusiasmado, o PNUMA resolveu ousar ainda mais e, em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, está lançando, no dia 5 de junho, uma nova iniciativa: Plantemos para o Planeta: Campanha 7 Bilhões de Árvores. A ideia é encorajar todos os setores da sociedade a plantarem árvores – tanto em áreas rurais como urbanas e, claro, apropriadas ao meio ambiente local – até o final de 2009 e, assim, alcançar a meta de 7 bilhões de mudas. (...)

Para aqueles que consideram o desafio absurdo, o PNUMA provoca: a meta é o equivalente a pouco mais do que uma árvore por pessoa viva no planeta. Portanto, se cada um fizer sua parte, as 7 bilhões de árvores serão, rapidamente, plantadas e a luta mundial contra as mudanças climáticas terá muito mais força.
Leia a matéria completa.

Foto: rodvs/stock.xchng