sexta-feira, 11 de abril de 2008

Uso de animais vivos para ensinar divide professores

A reportagem abaixo foi retirada do site AmbienteBrasil. O tema é a polêmica gerada sobre a vivissecção ("qualquer operação feita em animal vivo com o objetivo de realizar estudo ou experimentação", segundo o Dicionáro Houaiss), que causa conflitos entre opositores e defensores da prática. Após ler a notícia, dê sua opinião na nossa enquete: Você é a favor do uso de animais vivos para pesquisas científicas e aulas práticas?

O cão Jerry [foto] pode ser entubado, receber ressuscitação boca-focinho, tomar injeção e ganhar uma tala. Seu corpo também emite diversos tipos de som, da respiração e do coração, que podem ser ouvidos com a ajuda de um estetoscópio.

Mas esse cachorro não late, não abana o rabo nem sai pulando atrás do dono. Jerry é um manequim usado para substituir animais vivos em salas de aula e em treinamentos para futuros veterinários.

Ele veio ao Brasil na bagagem do inglês Nick Jukes, 41, coordenador da InterNiche (ONG que promove alternativas ao uso de animais na educação).

Tradição

Diferentes tipos de animais, como ratos, camundongos, coelhos e cachorros, são usados em aulas da área de biologia - para vivissecção - e no treinamento de futuros médicos e veterinários em cirurgias.

"As pessoas supõem que é bom aprender com animais vivos porque é a tradição. Mas pesquisas mostram que as alternativas são iguais ou até melhores para ensinar. Com os métodos substitutivos, você pode treinar repetidas vezes e, quando se sentir seguro, já pode praticar na clínica com pacientes reais", diz Nick Jukes.

Muitos professores, entretanto, acreditam que os métodos alternativos não suprem as necessidades de aprendizado.

O médico David Feder, professor da Faculdade de Medicina do ABC, considera que há limitações e teme que a formação do aluno fique aquém das necessidades da profissão.

"O ganho de experiência numa aula prática é maior porque você tem reações inesperadas e precisa interpretá-las", afirma.

Leia a matéria completa (Fonte: Afra Balazina / Folha de S.Paulo / AmbienteBrasil)

0 comentário(s):