Continuação da retrospectiva exclusiva publicada na terça (21).
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5: Eleição de Dilma
A primeira mulher presidente do Brasil foi eleita no dia 31 de outubro, conquistando 56% dos votos válidos. Durante sua campanha, Dilma Rousseff (PT) lançou os 13 Compromissos com a Política Ambiental e incluiu no seu programa o item “Defender o meio ambiente e garantir um desenvolvimento sustentável”. No seu primeiro discurso após os resultados das urnas, afirmou: “Vamos buscar o desenvolvimento de longo prazo, a taxas elevadas social e ambientalmente sustentáveis” e “A visão moderna do desenvolvimento econômico é aquela que [...] convive com o meio ambiente sem agredi-lo”.
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4: Candidatura de Marina Silva
Em meio a uma disputa polarizada entre os candidatos Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), a ex-Ministra de Meio Ambiente se lançou como candidata pelo Partido Verde (PV) com a difícil missão de conseguir votos não só do movimento ambiental como de toda a sociedade. Posicionou-se como “terceira via” e levantou a sustentabilidade como principal bandeira de campanha, tomando o cuidado de que seu programa de governo não virasse um “samba de uma nota só”. Começou a campanha desconhecida de grande parte do público brasileiro e se saiu melhor nos discursos ao vivo que na televisão. Terminou com uma porcentagem expressiva de votos – depois de uma subida significativa na última semana antes do pleito – e foi, talvez, a principal responsável por colocar “meio ambiente” em pauta nessas eleições.
3: Novo Código Florestal
Um projeto de lei do Deputado Aldo Rebelo (PCdoB/SP) propõe mudanças no Código Florestal e foi alvo de forte polêmica entre ambientalistas e ruralistas. Algumas das principais propostas são possibilitar aos estados diminuir áreas de preservação, isentar pequenos produtores da obrigatoriedade de respeitar percentuais de reserva legal, legalizar a situação de 90% dos produtores rurais (o que é considerado uma “anistia aos desmatadores”) e diminuir a área mínima de mata ciliar. Apesar de deputados terem tentado o regime de urgência, o projeto só deve ser votado em plenário no ano que vem.
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2: COP16
Esta é a sigla de Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. Um nome tão grande quanto o desafio: aprovar um acordo internacional para controlar o aquecimento global. Sua antecessora, a COP15, realizada em dezembro do ano passado e aguardada com grande expectativa, foi considerada um fiasco. No entanto, a conferência de 2010 surpreendeu por aprovar um pacote com propostas sólidas – como a criação de um Fundo Verde e a aprovação do mecanismo de REDD (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação) – e aprovação de todos os países, menos da Bolívia.
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1: Derramamento de petróleo
O acidente no Golfo do México foi a maior tragédia ambiental da história dos Estados Unidos. A British Petroleum (BP), responsável pela plataforma que explodiu e naufragou, teve suas ações fortemente desvalorizadas e gastou bilhões de dólares na recuperação e pagamento de indenizações. Todo o ecossistema local e as atividades pesqueiras e turísticas foram afetadas. O vazamento total chegou a 4 milhões de barris de petróleo e atingiu quatro estados da costa. Depois do episódio, o presidente Barack Obama aprovou uma política marítima mais rigorosa.
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1 comentário(s):
Ótima idéia a de fazer uma "retrospectiva verde" e os fatos escolhidos foram realmente bem marcantes! Parabéns!
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