domingo, 7 de dezembro de 2008

Petrobras pede desligamento do Instituto Ethos


Na última terça-feira (2), a Petrobras pediu o seu desligamento do Instituto Ethos (organização criada para ajudar empresas a gerir seus negócios de forma socialmente responsável), alegando ser "alvo de uma campanha articulada com o objetivo de atingir a imagem da Companhia e questionar a seriedade e eficiência de sua administração" e entendendo "que o grupo de pessoas e entidades responsável por essa campanha contra a Companhia encontra respaldo no Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social".

A Petrobras já havia sido proibida pelo Conselho de Auto-Regulamentação Publicitária (Conar) de fazer campanhas que valorizassem suas ações de responsabilidade ambiental e excluída da carteira do ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial) da BM&F Bovespa.

O episódio aconteceu após a estatal não ter cumprido a resolução 315/2002 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que determina a redução de emissões poluentes a partir de janeiro do próximo ano. A companhia deveria reduzir o teor de enxofre no diesel vendido no país, oferecendo o tipo 50 (de 50 ppm, particulas por milhão). Atualmente, existem no mercado o diesel 500 e o diesel 2000.

Entretanto, a Petrobras garante que tal resolução "não trata sobre composição de combustíveis, muito menos sobre teores de enxofre no diesel, e sim sobre nível de emissões que os veículos, produzidos no Brasil ou importados, deverão apresentar a partir de janeiro de 2009".

O presidente do Instituto Ethos, Ricardo Young, lamenta a decisão. "Ao se desligar do Instituto Ethos, a Petrobras rompe com o compromisso de ser uma empresa socialmente responsável. Parece que é uma tentativa de confundir o mercado. Quer desviar a questão principal e se colocar como vítima, mas a empresa precisa prestar contas."

(Com informações de: O Globo, Portal EXAME, Mercado Ético e Petrobras. Imagem: Greenpeace)

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