Ser fashionista está por fora. Desde que a economia americana entrou em crise, afetando muitas outras economias do mundo, bacana é ser recessionista. A palavra define as pessoas que praticam consumo consciente, inteligente e de bom gusto – enfim, gente com talento para garimpar achados. Uma recessionista detesta exibir a marca das roupas que usa. Pelo contrário, orgulha-se de suas pechinchas e adora promoções (para fazê-la feliz, convide-a para um bazar de ponta de estoque, a liquidação da liquidação!). Ser recessionista é consumir pouco. Ou, antes de tudo, nem consumir, porque vale muito mais a pena reciclar (ou cuidar bem do que se tem).Foto: lusi/stock.xchng
Os americanos, justo eles, os reis do consumo, ajudaram a propagar o termo. Fizeram do blog The Recessionista um sucesso. O endereço foi criado por uma executiva de marketing da IBM para compartilhar suas boas compras. O mercado tratou de se adaptar à nova onda, nos Estados Unidos e em toda parte, lançando produtos e propagandas adequados aos tempos de não-consumo. A marca de cosméticos francesa Bourjois, por exemplo, apresentou a “coleção recessionista”, com batons, máscaras e blushes baratinhos. O jornal ingles The Sunday Times publicou artigo com cinquenta frases interpretadas a partir da lógica dessa nova raça de consumidores. “Redecorar o quarto” equivale a “reorganizar a prateleira de livros”. E “adquirir um novo cachecol”, a “aprender a fazer tricô”.
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Consumismo está fora de moda
Postado por
Felipe Saldanha
- às
13:55
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