sexta-feira, 5 de junho de 2009

Dia do Meio Ambiente: caminhos da luta


Hoje é Dia Mundial do Meio Ambiente. Uma oportunidade para refletirmos sobre a nossa atitude no planeta. Para ajudar nessa reflexão, vamos falar um pouco sobre a história do movimento ambiental e contar curiosidades sobre suas conquistas e desafios.

Em primeiro lugar, vale lembrar que meio ambiente não se refere apenas às florestas, rios e mares. O conceito é muito mais amplo, englobando também as cidades e todos os locais onde o ser humano mora.

A importância da ecologia na vida humana não é uma descoberta recente. Cientistas, escritores e filósofos falam sobre isso há muitos séculos. Já dizia Aristóteles: é a natureza que faz sempre as coisas mais belas. Mas durante muito tempo, em nome do progresso, o homem não tomou o devido cuidado para preservar os recursos naturais, principalmente depois da Revolução Industrial.

Nas últimas décadas do século XX, a ciência e a tecnologia deram um salto histórico, aumentando a produção nas indústrias e no campo. Também aceleraram a urbanização, levando mais da metade da população mundial a viver nas cidades e provocando um desequilíbrio natural. Com o objetivo de combater essa situação, surgiram os primeiros movimentos organizados a favor da preservação da natureza.

Em 1968, o Clube de Roma, formado por líderes políticos e intelectuais, elaborou o conceito de “produzir sem poluir”. Quatro anos depois, a Assembleia Geral da ONU criou o Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado no dia 5 de junho, marcando a abertura da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano. Nesse evento, foi escrita a Declaração de Estocolmo, mostrando para a comunidade internacional, pela primeira vez, a necessidade de levar em conta as questões ecológicas quando se fala em crescimento da economia.

Em 1987, foi criado o Relatório Brundtland ou “Nosso Futuro Comum”. Nesse documento foi definido o conceito de sustentabilidade, ou seja: “aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem a suas próprias necessidades”.

Em 1992, aconteceu a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, mais conhecida como Eco-92. 187 países participaram do encontro, analisando e debatendo o que estava sendo feito contra a destruição da natureza. A conferência deu origem a Agenda 21. Esse documento incentiva governos e pessoas a traçarem, em suas comunidades, ações pelo desenvolvimento social, econômico e, ao mesmo tempo, ambiental.

Em 2000, foi elaborada a Carta da Terra, conjunto de princípios que visam à construção de uma sociedade mais justa e sustentável. Hoje, estamos entrando na era do pós-ambientalismo. As estratégias mais usadas pelos ambientalistas no passado ao sensibilizar as pessoas estão mudando. Em vez de imagens chocantes, novos hábitos e ideias para tornar o dia a dia mais prático e sustentável.

No Brasil, o movimento verde se tornou mais forte a partir dos anos 1980, com a criação do Ministério do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, do Partido Verde e da ONG SOS Mata Atlântica. Nessa época, também foi realizado o Abraço à Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, inspirando outras manifestações semelhantes a favor do patrimônio ambiental. Em 1988, foi aprovada uma nova Constituição, garantindo o direito ao ambiente equilibrado e o dever de defendê-lo e preservá-lo.

Mesmo com todos esses acontecimentos ao redor do mundo, iniciativas regionais são fundamentais para o sucesso da luta pela conservação. Em outras palavras, é preciso “pensar globalmente e agir localmente”.

O caminho até aqui foi longo. O futuro agora depende de cada um. Pequena ou grandiosa, toda ajuda tem a sua importância. É como disse Madre Teresa de Calcutá: “sei que o meu trabalho é uma gota no oceano, mas sem ele, o oceano seria menor”. Contamos com o seu apoio. Hoje e todos os dias.

Foto: alainap/stock.xchng

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