Continuação do artigo publicado no dia 12 de fevereiro.
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Na verdade, mesmo que o homem destruísse a superfície terrestre, a evolução faria com que novas espécies surgissem e novos ecossistemas se desenvolvessem. Não voltaríamos ao estado inicial, mas a natureza continuaria seu caminho. Sem a humanidade.
Portanto, “salvar o planeta” não é uma expressão muito adequada, pois implica uma relação inexistente de dominação do homem sobre a Terra. Em seu artigo “Um ambientalista no século XXI: por favor, não defendam a natureza!”, Dener Giovanini, presidente da Renctas (Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres, uma das organizações mais importantes do Brasil), falou sobre essa relação: “[Precisamos] mudar a nossa postura de supremacia diante da natureza [...] Entender de vez que a natureza não precisa da nossa defesa. Reconhecer com humildade a sua força e poder”.
Por isso, até certo ponto, a luta pela preservação da natureza é uma luta pela preservação da humanidade. Somos apenas inquilinos do mundo! Para não sermos “despejados” só precisamos ter um bom comportamento, pois o único aluguel que nos é cobrado é “deixar nosso ambiente em um estado igual, ou melhor, ao que encontramos” (baseado no pensamento de Antônio Carlos Gomes da Costa, um dos maiores educadores do Brasil).
Conhecer a magnitude da natureza fortalece nossa admiração e respeito por ela. Então, devemos sim continuar a fiscalização de nossos hábitos e buscar a construção de uma sociedade ambientalmente mais justa. É uma questão de ética: da mesma forma que fomos equipados com uma mente fantástica que nos permite criar ferramentas, manipular nosso meio e alterar os planos naturais, recebemos a consciência da nossa responsabilidade de respeitar os seres vivos com os quais compartilhamos nossa estadia na Terra. Vamos agir de acordo com uma conduta ecológica.
Por Felipe Saldanha, estudante e sócio-voluntário da OPA, para o Blog do Jogo Limpo
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