O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu hoje o uso dos biocombustíveis frente aos que culpam essa fonte de energia pela alta do preço dos alimentos, e responsabilizou o petróleo e o protecionismo pela atual crise alimentar.
Lula fez essa defesa durante seu discurso cúpula da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) sobre segurança alimentar, que começou hoje, em Roma, e da qual participam quase 50 chefes de Estado e de Governo.
"Os biocombustíveis não são o vilão", disse Lula, acrescentando que vê "com indignação que muitos dos dedos que apontam contra a energia limpa dos biocombustíveis - inclusive o etanol da cana-de-açúcar - estão sujos de óleo e carvão".
Lula também se disse desolado porque "muitos dos que responsabilizam o etanol pelos altos preços dos alimentos são os mesmos que há décadas mantêm políticas protecionistas, em prejuízo dos agricultores dos países mais pobres e dos consumidores de todo o mundo".
Embora tenha reconhecido que "a inflação do preço dos alimentos não tem uma única explicação", Lula dirigiu a culpa dessa alta, especialmente, ao petróleo e ao protecionismo.
Lula disse não ser "favorável à produção de etanol a partir de alimentos, como é o caso do milho e de outros", pois não acredita que "ninguém vá encher o tanque de seu carro com combustível se para isso ficará com o estômago vazio".
No entanto, defendeu de todas as críticas a produção de etanol feita pelo Brasil a partir da cana-de-açúcar.
"Para entender plenamente as verdadeiras razões da crise alimentícia atual é indispensável, portanto, afastar o sinal de fumaça lançado por 'lobbies' poderosos, que pretendem atribuir à produção de etanol a responsabilidade pela recente inflação do preço dos alimentos", disse.
Leia a notícia completa (Fonte: Agência Efe / Yahoo! Notícias)
terça-feira, 3 de junho de 2008
Lula defende biocombustíveis frente ao petróleo e ao protecionismo
Postado por
Felipe Saldanha
- às
14:24
|
Link permanente
Espaço do leitor | Interação com este post
Mais posts sobre
biocombustíveis,
internacional,
política
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentário(s):
Postar um comentário