A crise nos sistemas imobiliário e financeiro dos Estados Unidos está colocando todo o planeta em alerta para a iminência de uma futura recessão. O risco de um colapso econômico chamou a atenção da mídia e deixou ofuscado, pelo menos nas últimas semanas, o risco de outro colapso igualmente sério - o ambiental.
Embora possa ser difícil perceber, a questão ecológica também está associada ao episódio americano. Reportagem da AFP via Yahoo! Notícias mostra a expectativa dos ambientalistas para mostrar ao mundo como o desenvolvimento sustentável é indispensável em mais este momento:
"Tenho esperança porque há exemplos que mostram que o investimento em meio ambiente é mais uma oportunidade do que um peso. Esses exemplos não existiam há dez anos", afirma Olivier Schaefer, do Conselho Europeu de Energias Renováveis, com sede em Bruxelas.
Os especialistas em meio ambiente vêem assim na crise financeira uma oportunidade de ouro.
"Precisamos de um novo pensamento econômico que reconheça que as questões econômicas e financeiras e as do clima estão estreitamente relacionadas", considera Terry Barker, diretor do Centro de Pesquisas sobre a Luta contra as Mudanças Climáticos da Universidade de Cambridge.
Em sua opinião, livrar a economia de sua dependência de petróleo e de gás é "a resposta à crise financeira, porque para obtê-lo, precisamos de um programa de investimentos maciço".
Outra notícia, do Estadão Online via AmbienteBrasil, revela que o desmatamento representa mais riscos à economia do planeta do que a crise financeira, pois a destruição do meio ambiente exige investimentos em recuperação e fornecimento de "serviços" que a natureza oferece de graça:
A economia global está perdendo mais dinheiro com o desaparecimento das florestas do que com a atual crise financeira global, segundo conclusões de um estudo encomendado pela União Européia. A pesquisa, A Economia dos Ecossistemas e Biodiversidade (Teeb, na sigla em inglês), foi realizada por um economista do Deutsche Bank. Ele calcula que os desperdícios anuais com o desmatamento vão de US$ 2 trilhões a US$ 5 trilhões.Fotos: cable89/Flickr e renatodc/stock.xchng
O número inclui o valor de vários serviços oferecidos pelas florestas, como água limpa e a absorção do dióxido de carbono. O estudo tem sido discutido durante várias sessões do Congresso Mundial de Conservação, que está sendo realizado em Barcelona. (...)
Alguns participantes do evento esperam que o novo estudo será uma nova forma de convencer legisladores a criar políticas que financiem a proteção da natureza em vez de permitir que o declínio de ecossistemas e espécies continue.
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