"Manter em 2007/08 a taxa de desmatamento de 2006/07 vai ser muito difícil", afirmou Lima em entrevista à BBC Brasil.
Neste ano, o governo brasileiro comemorou a redução do desmatamento para 11,2 mil quilômetros quadrados, menos da metade do espaço desmatado em 2003/04, de 27,3 mil quilômetros quadrados.
"Temos absoluta convicção de que o que foi feito até agora não vai ser suficiente para manter a queda", disse ele. Nos últimos anos, o governo criou várias áreas de conservação e intensificou a fiscalização a partir das imagens por satélite que mostram o desmatamento com mais rapidez.
As pressões para o desmatamento, segundo o diretor, vem principalmente do aumento da atividade pecuária, que está sendo empurrada para a Amazônia por causa do preço da terra e da qualidade do solo, enquanto a produção de grãos se espalha pelo cerrado.
"Os grandes desafios para conter o desmatamento hoje na Amazônia são a atividade pecuária e o desenvolvimento da economia florestal regional, para uma atividade econômica com a manutenção da floresta em pé".
Ele diz que o aumento do preço e do consumo da carne no mercado internacional estimulam a ampliação da produção e das exportações brasileiras.
Além disso, a pecuária desenvolvida na Amazônia é uma pecuária extensiva, com uso de pastagens naturais que se exaurem em poucos anos e necessitam de novos investimentos para voltar a produzir.
"É mais barato desmatar uma nova área do que recuperar a pastagem degradada", diz o diretor do Ministério do Meio Ambiente.
Normalmente a nova área desmatada fica dentro da própria fazenda que já tinha gado. Com a nova derrubada, além de não ter que gastar com a recuperação do solo o fazendeiro ainda ganha na venda da madeira.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, de 70% a 80% do desmatamento que ocorre no Brasil é ilegal.
Leia a matéria completa: http://oglobo.globo.com/pais/mat/2007/12/14/327599788.asp
Fonte: jornal O Globo / BBC Brasil
domingo, 16 de dezembro de 2007
Pressão da atividade pecuária na Amazônia estimula desmatamento
Postado por
Felipe Saldanha
- às
16:37
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